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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1220

  • Início das Inquirições Gerais
Na tentativa de reprimir abusos sobre direitos territoriais e para evitar mais disputas, são lançadas as Inquirições Gerais que complementam as Confirmações lançadas em 1216,

Para tal foi nomeada uma comissão composta por juízes, funcionários públicos e outros elementos da confiança do Rei, sob o comando dos priores de Santa Marinha da Costa (situada no cimo do Monte da Penha, nos arredores da cidade de Guimarães ) e de S.Torcato

A função principal desta comissão era avaliar a natureza e a legalidade de diversas propriedades e direitos senhoriais de igrejas e mosteiros, bem como da avaliação e registo das propriedades que tenham sido ilegalmente desviados da fazenda pública.

Naturalmente que em muitas situações, alguns grandes proprietários opunham-se a que esses enviados reais entrassem nas suas propriedades, mas a pouco e pouco, foi-se alargando o escrutínio administrativo.

Não existe nenhum documento, nem facto conhecido que permita afirmar-se que D.Afonso II pretendia contestar os direitos senhorias legalmente consagrados.

  • Nova excomunhão de D.Afonso II
Por força das Inquirições Grais acima descritas, agravaram-se as discórdias entre o rei e o arcebispo de Braga, desde 1212, D.Estevão Soares da Silva, sempre partidário das infantas contra os interesses do Rei. Agora o arcebispo acusava o Rei, de atacar as liberdades eclesiásticas e lançar impostos sobre igrejas e mosteiros, ao invés do que tinha sido acordado nas cortes de Coimbra em 1211. no que ao pagamento de isenção de impostos pelo clero havia sido decidido, bem como ao facto dos clérigos não poderem ser julgados em tribunais seculares

Perante as acusações, acompanhadas até da de adultério da parte do Rei, conduziram à excomunhão de D.Afonso II desta vez acompanhada pelo do chanceler Gonçalo Mendes o mordomo-mor Pero Anes da Nóvoa

A resposta do rei também foi a esperada, mandando executar os bens do arcebispo sendo Gil Vasques de Soverosa o representante real nessas expropriações na zona de Coimbra e na zona de Braga as gentes de Guimarães. os encarregues dessa missão, sendo aqueles bens distribuídos pelo burgueses locais.

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