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terça-feira, 24 de abril de 2012

Morte de D.Afonso II

Dom Afonso II foi um homem doente. Tinha apenas catorze anos quando sofreu uma crise tão grave que as pessoas até consideraram milagre o facto de não morrer, milagre este atribuído a Santa Senhorinha de Basto. As crises repetiram-se durante toda a vida e conhecem-se os sintomas:

deformações da pele e da carne, inchaços, feridas repugnantes, e na época julgaram tratar-se de lepra e por isso mesmo lhe chamaram o Gafo, que significa leproso.

O cognome que acabou por vingar – o Gordo – deve-se pois a doença que o deformava.

Morreu em Santarém a 23 de Março de 1223, com 38 anos, ainda excomungado

Segundo o Livro de Óbitos de Santa Cruz de Coimbra, D. Afonso II terá o seu corpo permanecido cerca de dez anos em Coimbra. Findo este período, foi trasladado para Alcobaça, onde recebeu sepultura definitiva, cumprindo disposições testamentárias do próprio, datadas de 1221.

Também a arca tumular de sua esposa D. Urraca de Castela se encontra no Panteão Régio deste Monumento.

No seu testamento deixara clara a sucessão que começaria no seu filho varão mais velho Sancho segundo-se na linha sucessória D.Afonso mas excluindo dela o seu filhos fora do casamento João Afonso.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Acontecimentos no ano de 1222

  • As 3 bulas de Honório III
Após a excomunhão de D.Afonso II e perante o apoio que grande parte do clero continuava a dedicar ao rei, cuja saúde se ia agravando a cada dia o papa Honório III lançou nova ofensiva emitindo 3 bulas datadas de 16 de Junho

Uma dirigida ao arcebispo de Braga,no exílio, concedendo-lhe autorização para levantar a excomunhão ao rei e o interdito ao reino, para que ele pudesse voltar ao círculo da Igreja.

Outra dirigida ao rei lamentando a sua teimosia em afastar a reconciliação com a igreja e no sentido de satisfazer a pretensão de Estevão Soares da Silva o referido bispo de Braga , de regressar do exílio, voltando a ameaçar entregar o reino a um estrangeiro.

A terceira é dirigida a dois abades, encarregando-os de entregar a bula anterior ao rei.

De passagem o para excomunga todos os eclesiásticos que tinham continuado a apoiar D:Afonso II, entre os quais os deões de Lisboa e de Coimbra

Contudo mestre Vicente o deão de Lisboa, consegue negociar em Roma uma solução de compromisso, cujo rei já não assinaria devido ao agravamento do seu estado de saúde

  • A consagração de Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, Fundado pouco depois do próprio reino, o Mosteiro de Alcobaça resultou de uma doação do Rei D. Afonso Henriques à Ordem de Cister, cumprindo assim a sua promessa pela vitória contra os mouros na Batalha de Santarém.

Neste ano foi consagrada a abadia, onde o rei e a rainha viriam a ser sepultados,

Foi grande a influência deste mosteiro que chegou a controlar 60000 hectares de terra. Os cistercienses também conhecidos como bernardos , eram o resultados da reforma efectuada por S.Bernardo na Ordem de S.Bento