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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1215

  • Morte de Julião Pais
Julião Pais foi nomeado chanceler-mor do reino em 1182 em substituição de Pedro Feijão e após uma vacatura de cerca de 2 anos a que não será estranha a derrota de Arganal.

Coincidindo por essa data a doação a Julião Peres do lugar de Ceira.

Este chanceler, iria estender a sua influência e o seu cargo ao longo de 3 reinados, pois só viria falecer em 1215.

Foi pai do primeiro cardeal português de nome Egídio.

A sua nomeação e a longevidade, que obviamente ninguém poderia prever, constituiu o primeiro passo para a consolidação de organização administrativa do país.

Era ao chanceler-mor que estava confiado o selo real com que eram autenticados os diplomas régios. As suas funções eram amplas e incluíam o controlo dos diversos funcionários espalhados pelo País. Pode comparar-se ao que hoje em dia consideraríamos um primeiro-ministro.

O título de Mestre atribuído a Julião Pais reconhece grande sabedoria e vastos conhecimentos jurídicos, que dele fizeram pois, um dos responsáveis consolidação do reino português.

Faleceu em 1215 e está sepultado da Sé de Coimbra


  • São Domingos funda a Ordem Dominicana
Domingos de Gusmão, em Toulouse adopta uma regra de vida para a sua comunidade de pregadores, obtendo a aprovação do Bispo local.

No entanto, o seu objectivo era criar uma ordem religiosa que não ficasse restrita a uma local, a uma diocese, mas sim que tivesse um mandato geral, por forma a poder actuar em todos os territórios onde fosse necessário a evangelização.

Dirige-se nesse mesmo ano a Roma, onde decorria o Concílio de Latrão por forma a obter o reconhecimento da sua Ordem. No entanto, o concílio, perante tantos e diferentes novos movimentos que surgiram um pouco por todo lado, e por forma a evitar a anarquia, decide proibir que sejam aceites novas ordens religiosas.

Aconselhado pelo Papa, e de regresso a Toulouse, Domingos e os seus companheiros estudam as várias Regras de vida religiosa já existentes e optam pela Regra de Santo Agostinho.

Entretanto, o Papa Inocêncio III morre e Honório III torna-se Papa, sendo um admirador e amigo de Domingos e dos seus pregadores.

Em 1216, Domingos volta a Roma com a sua Regra e a seu pedido, o Papa pede à Universidade de Paris o envio para Toulouse de alguns professores destinados ao ensino e à pregação.

Entretanto, o Papa confirma a regra da Ordem dos Pregadores como religiosos “totalmente dedicados ao anúncio da palavra de Deus”. Logo após o reconhecimento da Ordem,

Domingos envia os seus primeiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em Paris, Bolonha, Roma e a Espanha. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo da sagrada escritura poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Assim, envia os seus irmãos para as principais cidades universitárias do seu tempo, por forma a não só adquirem os conhecimentos necessários, como para agirem e recrutarem novos membros entre as camadas estudantis e intelectuais do seu tempo.

Honra-se a Província Dominicana de Portugal de ter por seu primeiro religioso um companheiro do próprio S. Domingos, Fr. Soeiro Gomes, uma personagem ilustre e sacerdote virtuoso e sábio.

Chefiou o grupo de religiosos que veio para a Península Ibérica e logo tratou de estabelecer a nova Ordem na sua Pátria. Em 1217 já estava em Portugal como Provincial de toda a Espanha. O valor pessoal e a santidade deste e de outros varões ilustres, como o Beato Fr. Gil de Santarém – mais conhecido por S. Frei Gil –, explicam a magnífica aceitação que a Ordem de S. Domingos teve em Portugal

Fante : Provincia Portuguesa da Ordem de São Domingos

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